Nos Emirados Árabes Unidos – Dubai, no período de 30/11/23 a 12/12/23, ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP 28 a fim de tratar a governança multinível para o enfrentamento às mudanças climáticas.
Considerando o compromisso global com o tema das mudanças climáticas e da necessidade urgente de preparação das cidades para enfrentar os impactos do aumento da temperatura do planeta, a cidade do Rio de Janeiro reafirma o seu protagonismo no tema.
A COP 28 reuniu cidades globais e a cidade do Rio de Janeiro apresentou seu investimento em medidas de adaptação, como por exemplo: sistemas de alertas e resposta a desastres, implementação de infraestrutura para as populações vulneráveis com soluções baseadas na natureza e demais ações resilientes aos eventos extremos na cidade.
Os Emirados Árabes Unidos, com sua arquitetura exuberante e futurística, demonstrou para o mundo sua vanguarda na economia para o bem estar geral e para prosperidade planetária,e a cidade do Rio de Janeiro apresentou os seus esforços no tema adaptação e mitigação em busca de formas de implementação do orçamento climático.
Cabe destacar que é muito importante um novo propósito para uma nova era, em busca de uma transição energética rápida e justa, na busca por uma redução rápida e substancial das emissões de carbono, especialmente por parte dos países mais ricos, a fim de manter o aumento da temperatura do aquecimento global abaixo de 1,5ºC.
Enquanto 2023 caminha para ser o ano mais quente já registrado na história, a previsão é que o pior ainda está por vir. Segundo cientistas, dezembro deve ser ainda mais quente e seco que os últimos meses, com temperaturas extremas que devem ser sentidas também no início de 2024. Apesar dos avanços significativos na cidade do Rio de Janeiro,ainda temos dados alarmantes em relação à elevação da temperatura global. Por isso, é fundamental o investimento do orçamento climático na criação de políticas públicas que visem reduzir os efeitos danosos no corpo humano para suportar o calor e umidade.
Eu, como gestora pública entendo que o aumento do acesso à capacitação profissional de mais gestores na agenda climática é fundamental para que as ações de mitigação e adaptação ocorram simultaneamente de modo a minimizar desigualdades sociais, de gênero e de raça. Nesse sentido, compreender a importância da atuação dos governantes locais é a chave para uma economia justa e inclusiva.
É fato que o Rio de Janeiro é uma das cidades que mais investem na preparação e adaptação das cidades. Mas ainda temos um longo caminho a ser percorrido para alcançarmos o compromisso de zerar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) até 2050. E somente a articulação multinível será capaz de transformar a cidade na capital climática justa e equilibrada, garantindo a tempestiva capacidade de resposta frente aos desafios que passaram de urgentes a imediatos.