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Festival da Aliança Global chama atenção para fome e pobreza

Evento na Praça Mauá faz parte da programação do G20 e tem entrada gratuita. Foto: Fabio Motta / Prefeitura do Rio

15

novembro 2024

por

Prefeitura do Rio de Janeiro

Parte da programação do G20, evento começou ontem na Praça Mauá, assim como a Cúpula Social, que teve cerimônia de abertura no Museu do Amanhã

O Prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, participaram, na noite de quinta-feira (14/11), da abertura da Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza. O evento acontece até o dia 16 de novembro, na Praça Mauá. Com entrada gratuita, o festival faz parte da programação do G20 e tem como foco a luta contra a fome e pobreza, temas centrais da presidência brasileira no bloco.

– Esses encontros assim só acontecem nesta cidade, que é a mais incrível de todas. A gente está aqui, num momento histórico. Nesta semana, vão estar aqui os principais líderes políticos do mundo. A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é uma celebração e é um grito de alerta, para chamar atenção para as vozes das pessoas que não recebem a devida atenção. O que a gente deseja é que vocês sejam muito bem vindos ao Rio de Janeiro e aproveitem o Festival da Aliança Global Contra a Fome e Pobreza – disse o prefeito Eduardo Paes.

Com 30 atrações, o festival conta com grandes nomes da música brasileira, como Seu Jorge, Alceu Valença, Ney Matogrosso, Maria Rita, Zeca Pagodinho, Daniela Mercury, entre outros. Os artistas dividirão o palco para celebrar a diversidade e a riqueza cultural do nosso país. A programação foi dividida em três noites temáticas.

A primeira noite, que aconteceu nessa quinta, “Muito obrigado axé”, foi dedicada à ancestralidade e ao legado africano. O tema é especialmente relevante para a cidade, que tem no Porto Maravilha e na região da Pequena África um marco importante de resistência, história e identidade. Com direção musical de Kainã do Jêje e Marcelo Galter, o espetáculo homenageou a cultura negra e sua contribuição para a formação da sociedade brasileira.

Neste feriado de 15 de novembro, o evento seguirá com a noite “O show tem que continuar”, dedicada ao samba e à celebração da cultura popular brasileira. A direção musical ficou a cargo de Pretinho da Serrinha, que trará ao público uma inédita orquestra de samba. Já no dia 16, a última noite do festival, chamada “Pro dia nascer feliz”, marcará a diversidade sonora da música brasileira. Sob a direção musical de Marcus Preto e Mateus Simões, o festival promete encerrar com uma mensagem de esperança e justiça social.

Além dos shows, a Praça Mauá será transformada em um palco de arte e inovação. Uma das atrações é o espetáculo de video-mapping, técnica de efeitos visuais que transforma a arquitetura da praça numa tela dinâmica. O público também vai poder acompanhar uma experiência de luzes, lasers e projeções de artistas.

Abertura da Cúpula do G20 Social

Mais cedo, ontem, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, acompanhado da primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, abriu oficialmente a  Cúpula Social do G20, em cerimônia realizada no Museu do Amanhã, na Praça Mauá, na Zona Portuária. Idealizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e implementado assim que o Brasil assumiu a presidência do G20, o evento se propõe a dar voz a entidades da sociedade civil organizada, no Brasil e nos países que integram o grupo das maiores economias do planeta.

Estiveram presentes também os ministros Márcio Macedo (Secretaria-geral da Presidência da República), Margareth Menezes (Cultura), o chanceler Mauro Vieira (Relações Exteriores), Camilo Santana (Educação) e Cida Gonçalves (Mulheres), além de representantes da cidade civil, do Brasil e de outros países.

- O Rio é a vitrine do Brasil. E temos muito orgulho de ser a cara do País para o mundo. Quero parabenizar o Governo Federal por essa iniciativa inédita, inovadora, aproximando a sociedade civil e os movimentos sociais. A população, de um modo geral, ouve falar e não consegue participar. Aqui no Rio vai participar. Isso é o legado fundamental dessa presidência brasileira do G20, nas discussões da cúpula, das políticas que vão ser formuladas. Os líderes globais precisam ouvir o que o cidadão quer dizer - afirmou o prefeito Eduardo Paes, destacando a iniciativa brasileira de criar o G20 Social, um legado da governança do País à frente do grupo.

Em seu discurso, a primeira-dama Janja Lula da Silva reforçou a importância da realização do evento no Rio de Janeiro e a mensagem que será enviada para a Cúpula dos Chefes de Estado, que será realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), nos dias 18 e 19 deste mês.

- Tenho certeza que vai ser um momento especial, diferente de todos os outros encontros do G20 que já acompanhamos pelo mundo. E podemos fazer, a partir deste encontro, que as nossas vozes sejam mais ouvidas e nossas recomendações sejam aceitas.

Até sábado (16/11), o G20 Social terá atividades organizadas por entidades da sociedade civil e promoverá debates sobre três eixos temáticos escolhidos pela presidência brasileira: combate à fome, à pobreza e às desigualdades, combate às mudanças climáticas e transição energética justa e nova governança global e uma grande plenária para a aclamação do texto final.

O chanceler Mauro Vieira destacou a escolha dos temas dos três eixos centrais de discussão:

- A sociedade tem de estar presente. Não poderia haver uma discussão de medidas efetivas sem esse diálogo com a sociedade - enfatizou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

O encontro terá eventos em espaços no chamado Território do G20 Social, todos na Zona Portuária do Rio. Serão utilizados o Espaço Kobra, Armazém 2, Armazém 3, Armazém Utopia, onde é realizada a Cúpula do Urban 20 (U20), e Museu do Amanhã. A programação contará com painéis principais de debates, com participação do presidente Lula e outras autoridades, e 271 atividades.

Ao longo de todo o ano foram realizadas centenas de reuniões dos grupos de engajamento e de entidades da sociedade civil, no Brasil e nos países que integram o G20. Todas as sugestões produzidas nesses encontros integram um texto submetido à consulta pública por meio da plataforma Brasil Participativo, na qual cidadãos brasileiros e estrangeiros puderam apresentar contribuições individualmente. O documento será entregue no sábado (16/11) ao presidente Lula. O objetivo é que as propostas e o conteúdo gerados ajudem nos processos decisórios do G20.

Para o ministro Márcio Macedo, este encontro no Rio "escreve um capítulo importante da história do nosso País e do mundo".

- Essa é a grande novidade desse processo. A coragem, a necessidade e a ousadia que o presidente Lula teve de criar o G20 Social, de trazer para o centro do debate as organizações do povo, o sentimento da nossa gente, as representações da sociedade civil organizada, não só do Brasil, mas de todos os países que compõem o G20, disse Macedo.

Um dos pontos altos da cúpula é o Festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, que terá apresentações e shows de grandes artistas brasileiros nas três noites do G20 Social. Entre os 30 nomes que vão se apresentar nos três dias, destaque para Seu Jorge, Alceu Valença, Ney Matogrosso, Daniela Mercury, Diogo Nogueira, Fafá de Belém, Zeca Pagodinho, Maria Rita, Maria Gadú, Pretinho da Serrinha, Teresa Cristina e Roberta Sá. O Festival tem entrada livre e gratuita e será realizado na Praça Mauá, sempre a partir das 18h.

- O que estamos vivenciando aqui é um legado de transformação, mobilização e esperança que o Brasil vai deixar para o mundo - festejou a ministra da Cultura, Margareth Menezes, cuja pasta é a responsável pela organização do Festival.